Notícias LNCC
LNCC recebe cientistas da Rede Genoma Brasileiro, que avança nas pesquisas contra a Malária
Publicado em: 21/08/2009,00:00
LNCC recebe cientistas da Rede Genoma Brasileiro, que avança nas pesquisas contra a Malária O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, recebeu nos dias 17 e 18 de agosto coordenadores de 33 unidades de pesquisa da Rede Genoma Brasileiro. A proposta do encontro, em Petrópolis-RJ, foi discutir os resultados dos dados gerados pelo sequenciamento do genoma do mosquito Anopheles darlingi, o principal transmissor da Malária, doença que atinge quase meio milhão de pessoas anualmente no Brasil. Os cidadãos mais afetados são os da região Norte. Até o momento, 85% do genoma foi decodificado e mais de 11 mil genes do inseto já foram identificados. A expectativa é de que, com a geração de novas sequências, muito em breve o índice supere os 90%. A coordenadora Ana Tereza Ribeiro Vasconcelos, do Laboratório de Bioinformática do LNCC (Labinfo), afirma que os primeiros passos da pesquisa foram mais demorados, devido à coleta dos mosquitos na natureza, gerando uma alta variabilidade genética. Se por um lado este fato complicou a montagem do genoma, por outro, pela primeira vez, teremos um panorama genético dos genes presentes em uma população natural. Os pesquisadores reunidos no LNCC passam agora a procurar, nos dados gerados, pistas que possam ajudar no controle da Malária. A identificação de proteínas responsáveis pelo mosquito sentir a presença humana, por exemplo, pode levar ao surgimento de novos produtos, como um repelente mais poderoso capaz de manter o inseto afastado. Outras alternativas criadas, com o sequenciamento do genoma do mosquito, incluem a produção de vacinas ou novos inseticidas. - O homem contrai a Malária através da picada do mosquito, que também é uma espécie de vítima do parasita. O que nós pretendemos é burlar esse processo, seja fortalecendo o sistema imunológico do mosquito, do próprio ser humano ou ainda fazendo com que o parasita fique, digamos, desorientado e não saiba percorrer os caminhos pelo sistema digestivo do inseto, impedindo, assim, a contaminação humana. Os próximos passos partem deste contexto - explica o pesquisador Osvaldo Marinotti. Assessoria de Comunicação LNCC - Laboratório Nacional de Computação Científica 24 22336039 imprensa@lncc.br