Notícias LNCC
Para SBPC, Reunião Regional da Baixada Fluminense cumpriu com os objetivos de despertar a região para as atividades de C&T - Jornal da Ciência / Notícias nº 3509 de 12 de maio de 2008
Publicado em: 12/05/2008,00:00
*Os links contidos nesta notícia localizam-se ao final da página O evento foi encerrado com uma palestra do ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, sobre os desafios da educação. Luís Amorim, Daniela Oliveira e Carla Ferenshitz escrevem para o JC e-mail: O presidente da SBPC, analisando a Reunião Regional da SBPC, disse que o evento cumpriu com os objetivos de despertar a região para as atividades de C&T e nos mostrou o quanto essas atividades podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida e pudemos conhecer os projetos educacionais que estão ocorrendo lá. Ele destacou a parceria de instituições tradicionais visando o desenvolvimento da região. A integração com Universidades tradicionais que estão atuando na região e institutos de pesquisa como Inmetro, LNCC [Laboratório Nacional de Computação Científica] e outros, também foram de grande importância. O aspecto de difusão da C&T para os estudantes e a população em geral, com as feiras e exposições, também foi muito bom, pois teve a participação de estudantes da rede pública de forma estupenda. O 1º Tesoureiro da SBPC, José Raimundo, entende que a parte do evento que foi dedicada ao grande público (não especificado) teve sucesso absoluto. Temos que considerar que foi uma Reunião com quatro locais distintos, então em alguns lugares teve grande audiência e em outros não. Em relação ao programa científico, analisa ele, o evento esteve à altura das preocupações que nós tínhamos identificado na Reunião como questões regionais. Houve uma participação bem sólida de autoridades em todos os níveis (federal, estadual e municipal) e a audiência em geral foi constituída de pessoas comuns, professores do Ensino Fundamental, Médio e Universitário e a grande maioria constituída por estudantes das escolas públicas da Baixada, com uma forte concentração em torno dos pólos Duque de Caxias e Nova Iguaçu. O sucesso de uma Reunião com da Baixada depende muito da eficiência dos grupos de organização locais, que nesse caso tivemos muita sorte de ter o grande envolvimento do LNCC, com a participação dos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias e o apoio financeiro do Estado e do MCT. Para o vice-presidente da entidade, Otávio Velho, o evento teve uma repercussão extremamente positiva na Baixada Fluminense. Ficamos muito impressionados com o grande afluxo de alunos e professores, não só universitários, mas também do Ensino Médio. Acho também que foi um grande aprendizado para os próprios organizadores do evento. Não só aprendemos muito sobre a Baixada Fluminense, como também adquirimos informações preciosas para a preparação de outras Reuniões Regionais. Para o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, presente na mesa de encerramento, a grande participação de jovens nas atividades da Reunião na Baixada mostra um potencial para levar essa nova geração à Universidade. Podemos acabar com a exclusão dessa juventude da Baixada dentro do espaço acadêmico. Para isso, temos que a aliar o salto no desenvolvimento da região, com o investimento federal e privado, com a preparação desses jovens. E a SBPC deu uma forte contribuição para isso, avaliou o prefeito. A secretária de Monitoramento e Gestão de Nova Iguaçu, Lena Lavinas, agradeceu o esforço coletivo de preparação da Reunião Regional, que comparou ao fazer ciência. E garantiu que o evento não será uma ação pontual, mas que terá desdobramentos, como a criação de clubinhos de ciência e leitura por ocasião da Semana Nacional de C&T, a ser realizada em outubro. O ministro Mangabeira Unger, em sua explanação, no encerramento da Reunião, seguiu um dos principais assuntos debatidos durante os dias de evento: educação. Ele disse que é necessário uma nova organização do sistema de ensino para capacitar o povo brasileiro. A seu ver, essa nova organização para por cinco pontos. O primeiro seria atacar o que ele chamou de elo fraco da educação, o ensino médio. Mangabeira crê ser necessário uma maior aproximação do ensino geral e técnico, sem pensar que o geral deve ser para a elite e o técnico para a massa. Ele defende a substituição de um modelo pedagógico mais informativo para um mais analítico, fazendo com que os jovens sejam obrigados a pensar mais. Outra medida necessária é conciliar a organização e gestão do ensino local com padrões nacionais. Ele entende que neste sentido alguns passos já foram dados em relação à avaliação e monitoramento, mas que a distribuição de recursos de lugares mais ricos para outros mais pobres, a seu ver fato essencial para melhorar a qualidade do ensino, ainda tem muito a caminhar. A qualidade da educação que uma criança recebe não pode depender do local onde ela nasce. Mangabeira defendeu que seja feito um trabalho para se identificar os alunos mais talentosos e esforçados, principalmente entre pobres e negros. A este seriam dados apoio financeiro para que se formasse uma elite contrária a elite de herdeiros e apadrinhados. O último ponto citado pelo Ministro seria um fomento à C&T com o cuidado de não coibir arrojos do qual depende o nosso desenvolvimento. Ele defendeu a transgressão das disciplinas e que, sendo necessário, alguns cientistas fossem liberados de suas obrigações docentes para apenas fazer pesquisas. Mangabeira disse que a ciência deve se pautar pela visão, orgulho e inconformismo e não pela obediência. Fonte: Jornal da ciência / Notícias nº 3509 de 12 de maio de 2008. (Outras notícias sobre a Reunião Regional da SBPC na Baixada Fluminense em: http://www.jornaldaciencia.org.br/index2.jsp) Rita Juliano / Natália Aquino Assessoria de Comunicação LNCC Laboratório Nacional de Computação Científica 24 2233 6039 imprensa@lncc.br