Tipo Seminário: Seminário de Pós-Graduação, Seminário COPGA
Palestrante(s): Fabio André Machado Porto, Laboratório Nacional de Computação Científica
Data: 23/7/2018
Horário/Local: 14:00-15:30(Auditorio B)
Resumo:
A teoria de banco de dados começou a se estabelecer a partir do trabalho seminal de E. Codd nos anos 70. Neste trabalho, além de representar os dados como relações matemáticas, Codd definiu que as operações sobre relações poderiam apresentar semântica bem definida e compor uma álgebra de relações. O modelo assim proposto abriu enorme avenida de pesquisa e desenvolvimento, permitindo que consultas fossem especificadas em linguagem declarativa de alto nível, ao passo que sua resolução se daria por expressões equivalentes com custo minimal, computadas automaticamente. Com o tempo, percebeu-se que o modelo proposto por Cood correspondia à expressões em Lógica de Primeira Ordem e que consultas poderiam ser expressas por Expressões em Forma Normal Conjuntiva, dando origem a implementações dedutivas, extensíveis de Prolog, como Datalog. Estavam semeados os frutos para a extensão de bancos de dados, como vistos por Cood, refletindo os avanços introduzidos pela primeira versão de IA, em bancos de dados dedutíveis. As raízes deste trabalho encontram-se hoje em linguagens para descrição de domínio e raciocínio Ontológicos, além de toda uma indústria de sistemas de gerência de bancos de dados. Mais recentemente, IA tomou um ímpeto vertiginoso, alimentada pela disponibilização de grandes volumes de dados e novas técnicas baseadas em aprendizado. Quais as principais diferenças entre abordagens baseadas em aprendizado e as de banco de dados? De que forma a teoria e técnicas de bancos de dados podem apoiar e promover a IA contemporânea? Esta palestra pretende discutir oportunidades a serem investigadas além de avaliar perspectivas de convergência entre as áreas.